quarta-feira, 17 de outubro de 2012

O Positivismo

O positivismo, enquanto sistema filosófico, foi originado pela doutrina de Augusto Comte. Este sistema caracteriza-se basicamente por validar apenas o conhecimento dos fenômenos físicos obtidos através do método experimental-matemático da ciência. Na sua doutrina, Comte sistematizou o conjunto de regras e de técnicas que decorriam das conclusões de estudos críticos feitos sobre o racionalismo moderno e de suas aplicações praticas no método cientifico.

A crença de que o único conhecimento verdadeiro é aquele produzido somente pela aplicação do método experimental-matemático resulta na rejeição de todo o conhecimento da natureza metafísica. Assim, os cientistas se baseiam nas experiências.

Foi a partir da prática concreta da ciência, com Kepler, com Newton e outros, que a postura positivista foi se definindo como nova forma de conhecimento e de rejeição da metafísica. A constituição da física moderna é a comprovação mais obvia das posições positivistas.

As ciências naturais não apenas representaram uma nova imagem do mundo, mas também serviram de base para o desenvolvimento tecnológico, a formação do capitalismo, dentre outros. Por elas, o homem pode conhecer e dominar o mundo.

A física social surge como forma de aplicar as exigências à ciência experimental no âmbito da realidade e da conduta humana, a fim de tornar possível ao homem se conhecer melhor e poder controlar a própria existência individual e coletiva.

Na virada do século XIX a tradição positivista se aprimorou e se sofisticou. Sem negar suas raízes, o positivismo manteve os mesmos pressupostos até então defendidos a partir da intuição de Kant e Comte, mas livrou-se de restrições e vínculos que, frente ao desenvolvimento do próprio saber científico, tornaram-se fora de moda.

A ciência envolve uma dimensão histórica, uma dimensão sociológica e outra dimensão psicológica. Dessa forma, ela é um saber que se constitui mediante a superação de um pré-saber, que resiste e que opõe obstáculos a seu desenvolvimento.

 A partir do Renascimento começou a firmar-se a convicção de que a ciência humana está apta a conhecer o mundo sem necessidade de qualquer intervenção da inspiração divina. Nesta afirmação, o homem integra o universo natural, fazendo parte dele, mas é capaz de dominá-lo, conhecendo-o com seus próprios recursos. Consequentemente, o homem passa a ser o centro desse universo e não mais Deus.

A verdadeira filosofia é a ciência, e nela, através da observação experimental e do raciocínio matemático o ser humano busca respostas para a sua existência.

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